
Polícia apresenta suspeitos pela morte de líder sindical
Delegado diz que vítima teria descoberto a venda irregular de um lote do assentamento do Incra em Pingo D’Água
Wilson Martins/ Diário de Caratinga
Paulo Firmino (D) e Isaías Andrade foram presos na última segunda-feira e negaram qualquer participação no crime
DA REDAÇÃO A irregularidade em uma compra de terreno no Assentamento Chico Mendes, em Pingo D’água, pode ter sido a causa da morte do líder sindical João Alves Calazans.
Na tarde de quarta-feira (19), a Divisão de Crimes contra a Vida de Belo Horizonte apresentou à imprensa os dois suspeitos do assassinato. Paulo Firmino, 37, e Isaías Andrade Silva, 19, estavam presos desde a segunda-feira (17), dois dias depois do crime.
Segundo o delegado que comanda as investigações, Rodrigo de Almeida Neves, Calazans teria descoberto uma venda irregular de um dos lotes do assentamento, realizada por Paulo Firmino.
O líder sindical teria ameaçado o suspeito de levar a denúncia ao Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), responsável pela área.
Em uma das viagens realizadas pelo líder sindical, Paulo achou que a vítima havia feito a denúncia e, como vingança planejou o homicídio. O delegado Rodrigo de Almeida afirmou também que o suspeito teria comprado a arma usada no crime de Isaías e que os dois teriam sido vistos rondado a casa do sindicalista horas antes do crime.
Em entrevista à imprensa, os suspeitos negaram tudo. Paulo afirmou que comprou o terreno de forma regular e que mal conhecia Calazans. Ele também acrescentou que na hora do crime estava em um bar, em Pingo D’água, na companhia do outro suspeito, e que os dois só souberam do crime horas depois do mesmo ter ocorrido.
Fonte: Redação Jva
Calazans foi assassinado em Pingo Dágua
Jvaonline
Presos suspeitos de matarem sindicalista em Pingo Dágua
Jvaonline
DA REDAÇÃO Foram presos na manhã na tarde desta quinta-feira (13) dois suspeitos do assassinato do presidente da Associação do Assentamento Chico Mendes, João Alves de Calazans, 50, em Pingo D’Água.
Paulo Firmino, 37, conhecido como “Paulinho”, e Isaías de Andrade Silva, 19, estão detidos em Caratinga. Os dois moravam no assentamento onde aconteceu o crime.
Segundo as investigações das polícias Civil e Militar, Isaías teria vendido a arma do crime para “Paulinho” sem saber que o suspeito a usaria para matar João Alves. A princípio, o motivo do homicídio seria um desentendimento entre o líder sindical e os suspeitos.
O crime aconteceu na noite de terça-feira (11), na varanda da casa de João Alves, atingido com um tiro na nuca e outro na perna.
Acidente
Um dos irmãos do sindicalista assassinado, Elias Ravena Alves, 46, morreu nesta quinta-feira (13), quando voltava do enterro do irmão. Ele pilotava uma motocicleta pela MG-239 quando foi atingido por um caminhão, próximo a Bom Jesus do Galho.
Junto com ele estava sua filha, Evânia Aparecida de Oliveira, de 15 anos. A adolescente foi internada no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, com várias fraturas em uma das pernas.
Fonte: Redação Jva
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu nesta quarta-feira (19) as investigações sobre a morte do líder do Movimento dos Sem Terra (MST), João Alves de Calazans, atingido com um tiro na nuca. O crime aconteceu no último dia 11, no assentamento Chico Mendes II, no distrito de Pingo D´Água, zona rural de Caratinga, Leste do Estado. Os suspeitos Paulo Firmino, o "Paulinho", e Isaías de Andrade Silva tiveram prisão temporária decretada e estão recolhidos desde o dia 13 na Cadeia Pública de Caratinga.
De acordo com a Polícia Civil, Calazans teria ameaçado expulsar Paulo Firmino do assentamento, pois não aceitava a negociação de um lote entre ele e outro assentado, o que é proibido pelo Incra. Já Isaías, também teria se desentendido com o líder do assentamento, que o repreendeu por praticar furtos na região. As investigações apontam que Isaías vendeu a arma usada no crime a Paulo Firmino. Calazans foi morto no dia em que retornou à cidade depois de uma visita à sede do Incra, em Belo Horizonte.
O delegado Rodrigo Fragas, da Divisão de Crimes Contra a Vida (DCCV), vai agora pedir a prisão preventiva dos suspeitos, já indiciados por crime de homicídio. As investigações foram conduzidas pela unidade especializada e agentes da Delegacia Regional de Caratinga. A ação contou com apoio de soldados da 74ª Cia de Polícia Militar.
Fonte: Portal Caparaó