terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Urutal,mãe da lua


Urutau, Mãe-da-lua .Nyctibius griseus
Período Reprodutivo: julho a novembro
Locais de observação: Cambarazal, Cerradão, Cerrado, Mata ciliar rio Cuiabá, Mata ciliar rio São Lourenço, Mata Seca.
Você encontra essas informações na página 126 do Guia das Aves
Possui várias adaptações espetaculares. Noturna, passa os dias pousado na ponta de um galho ou tronco seco, com suas cores confundindo-se com o poleiro. Corpo todo cinza claro, manchado e listrado de cinza mais escuro, com bolas claras e escuras sobre as asas, levemente amarronzadas. Sua defesa é manter-se imóvel, de modo que a qualquer sinal de perigo aumenta sua semelhança com o tronco de apoio (foto). Controla os arredores através de duas pequenas “janelas” nas pálpebras, sem necessitar abri-las. Ao observar qualquer situação de risco potencial, lentamente estica o pescoço e dirige o bico para cima, encostando mais a cauda no tronco de apoio. Desse modo, torna-se praticamente invisível no ambiente.
Faz a postura de um ovo sobre a ponta de um galho ou tronco, chocando na postura vertical de camuflagem. O filhote também logo adota a postura de proteção, quando deixado sozinho, voando após 51 dias de nascido.
Caçam insetos em vôos verticais a partir do poleiro, como um siriri, ou perseguindo-os em vôo, à semelhança de andorinhas. Podem ser localizados pelo reflexo de lanternas ou silibins nas grandes retinas, quando ficam encandeados e podem ser observados de perto. À noite é que emitem o longo canto, composto de 5 notas descendentes, assobiadas e claras, espaçadas por intervalos regulares, a forma mais comum de detectá-los. Sua observação é tão difícil que o nome urutau quer dizer ave fantasma, em tupi.
Ocorre em todos os ambientes abertos e bordas de matas da RPPN, cantando com maior freqüência a partir de julho até o final do ano.